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6/08/21 às 11h18 - Atualizado em 6/08/21 às 17h36

SEPD discute implantação de escola bilingue de Brasília para surdos

A Secretaria da Pessoa com Deficiência do DF discutiu, nesta quinta-feira (05), o projeto de implantação da Escola Bilingue de Brasília. A nova unidade escolar deve ser instalada no Plano Piloto e será dedicada à comunidade surda, onde os alunos receberão educação em Libras e em Língua Portuguesa.

 

O secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Santos, se reuniu com a secretária de Educação Hélvia Paranaguá. A gestora se manifestou favoravelmente à instalação da estrutura no Plano Piloto, assim como reivindica os representantes das associações de surdos.

 

Ainda existe a previsão de que o centro educacional se torne um complexo, onde a mesma estrutura também disponibilizaria atendimentos no esporte e cultura. “Algo que pode se tornar referencial para o Brasil”, destaca o secretário Flávio Santos.

 

“A escola bilingue do Plano é um anseio de vários anos que a comunidade surda vem almejando e temos esperança que a gente possa realmente avançar nessa pauta”, aponta o gestor, que se diz contente em participar do processo. “Por isso me sinto feliz de poder ter, de alguma forma, ajudado nesse processo, como secretário e espero que possamos seguir juntos para alcançar esse objetivo.”

 

Também estiveram presentes o secretário de Economia do DF, André Clemente; e o deputado distrital Iolando Almeida, ambos apoiadores da implementação da Escola Bilingue. Além deles, compareceram à reunião a presidente da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis) no DF, Mariana Siqueira e a diretora nacional de Políticas Educacionais da Feneis, Flaviane Reis.

 

Inclusão da Libras na LDB

 

No último dia 4 de agosto, o governo federal sancionou a Lei 14.191/2021, que disciplina a educação bilíngue de surdos. A norma altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), definindo como educação bilíngue de surdos aquela em que a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é considerada primeira língua, e o português escrito como segunda língua.

 

A oferta dessa modalidade de ensino deverá começar na educação infantil e se estender ao longo da vida acadêmica. Os beneficiados serão estudantes surdos, surdocegos, com deficiência auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotação ou com outras deficiências associadas que tenham optado pela modalidade bilíngue.

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