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19/05/21 às 9h38 - Atualizado em 19/05/21 às 9h45

Pacientes que sofrem de disfunção miccional contam com ambulatórios públicos para tratamento

Problema geralmente é causado por lesão traumática raquimedular, disfunções neurogênicas e envelhecimento

 

A Secretaria de Saúde está ampliando o atendimento a pacientes que sofrem de disfunção miccional. A pasta já dispõe do protocolo de atendimento ao usuário com necessidade de cateterismo vesical intermitente que visa otimizar o atendimento a estes usuários que apresentarem complicações relacionadas ao cateterismo vesical.

 

Os cidadãos que necessitam do serviço, são encaminhados para atendimento em um dos ambulatórios existentes da rede pública de saúde.

 

 

O cateterismo vesical é um método de esvaziamento periódico da bexiga realizado pela introdução de um catéter (sonda) via uretral até a bexiga, esse método é realizado pelo próprio paciente ou seu cuidador. Muitas vezes, pacientes que realizam o autocateterismo podem apresentar complicações como estenose de uretra, sangramento, infecção urinária de repetição ou quadro de tetraplegia que dificulta a técnica correta. Os ambulatórios da rede pública são compostos por enfermeiros capacitados para avaliação, orientação, cadastro, acompanhamento e fornecimento da nova tecnologia adquirida pela Secretaria de Saúde.

 

O acesso aos ambulatórios se dá através das unidades básicas de saúde, ou de outros ambulatórios em que os profissionais de saúde avaliam a necessidade de encaminhamento para o serviço de referência. No início de 2020, a pasta adquiriu novos cateteres hidrofílicos, um novo produto que facilita o autocateterismo em pacientes com algum tipo de disfunção no processo urinário. O cateter hidrofílico já vem pronto para uso e reduz o risco de complicações relacionadas ao procedimento realizado pelo próprio paciente ou seu cuidador.

 

“Isso foi um ganho muito grande, principalmente para os pacientes tetraplégicos, pacientes que têm estenose e quadros de infecção de repetição, dessa nova tecnologia que a Secretaria tem. Esperamos que, ao final da pandemia, avançarmos os atendimentos em disfunção miccional”. Afirma, Ronivaldo Pinto, enfermeiro da gerência de serviços de enfermagem.

 

Para o atendimento aos pacientes com as complicações relacionadas ao cateterismo vesical intermitente a rede de saúde conta com oito ambulatórios de referência:

 

Mesmo durante a pandemia, a pasta continua regulando o fluxo de atendimentos aos pacientes estomizados, que são aqueles casos em que o paciente é submetido a uma abertura cirúrgica no abdômen para construção de um novo trajeto para a saída de fezes e urina. O paciente é submetido a uma estomia de eliminação quando desenvolve um câncer, ou tumor intestinal, ou sofre algum trauma abdominal que demande um desvio do trânsito intestinal.

 

Nos casos de urostomia, é a construção de um novo caminho para saída da urina, por meio da exteriorização dos condutos urinários pela parede abdominal. Já nos procedimentos de colostomia ou ileostomia, a exteriorização do intestino delgado ou grosso, através da parede abdominal, para eliminação de gases e fezes.

 

“O usuário com algum desses tipos de estoma precisa do cuidado básico em manter sua eliminação de fezes, de urina ou ambas com dispositivos adequados e que aderem a parede abdominal prevenindo irritações na pele, complicações do estoma, distorção da imagem corporal e manter o convívio social e familiar; e para ajudar nessa adaptação temos os serviços de enfermagem nos ambulatórios de referência”, complementa Ronivaldo.

 

Atualmente, 1,8 mil pacientes estomizados estão cadastrados na rede pública do DF. Para atender os casos de estomias de eliminação, a Secretaria de Saúde tem 16 tipos de bolsas padronizadas na rede, entre adultas, pediátricas e neonatais.

 

A pasta também conta com nove tipos de produtos adjuvantes ao tratamento: cintos, pó e pasta para proteção de pele, sistema de irrigação, entre outros, visando a melhor adaptação da funcionalidade do paciente.

 

Atualmente, a pasta conta com 12 ambulatórios de referência neste tratamento, além do ambulatório do Hmib, destinado aos pacientes menores de 13 anos.

 

Também foi iniciado o atendimento aos pacientes com estomias alimentares (gastrostomia, jejunostomia) no ambulatório de estomias do CER de Taguatinga. Todos profissionais de saúde que se atenderem algum paciente com os critérios descritos acima, que encaminhe estes aos ambulatórios de enfermagem referência de cada região de saúde.

 

Com informações da Secretaria de Saúde

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