Pessoas com autismo e com síndrome de down estão inclusas em grupo prioritário
Com a chegada de novas doses ao Distrito Federal, o GDF abriu a vacinação contra a covid-19 de mais uma faixa etária. Adolescentes de 12 a 17 com comorbidades poderão se inscrever, a partir desta terça-feira (3), para tomar a primeira dose do imunizante.
A princípio, as 3 mil doses para adolescentes com comorbidades serão destinadas para jovens com Síndrome de Down e diagnosticados com algum espectro de autismo. Essas pessoas devem se cadastrar no site da Secretaria de Saúde antes do agendamento. A vacinação vai ocorrer na quinta (5) e sexta-feira (6).
Os pacientes com Síndrome de Down não precisam de laudo médico, o que também não é necessário para autistas que tiverem tido algum atendimento na rede pública de saúde nos últimos 12 meses. Os demais precisarão de um relatório médico, cujo modelo pode ser acessado e baixado aqui. Quem tiver qualquer dificuldade de acesso à internet para fazer o agendamento deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima.
Em coletiva de imprensa, o secretário da Casa Civil do Distrito Federal, Gustavo Rocha, garantiu que o GDF tem condições de cumprir com essa etapa da vacinação. “O Distrito Federal tem capacidade de vacinar mais do que qualquer unidade da federação. O que estava faltando era vacina”, disse.
Pedido atendido
Em uma carta aberta, 24 entidades de representação dos direitos da pessoa com deficiência pediram ao Governo do Distrito Federal a priorização na vacinação para adolescentes com deficiência. No início da campanha, os fabricantes das vacinas não recomendavam a aplicação em menores de 18 anos.
Com o passar das pesquisas, a “idade mínima” recomendada pelos laboratórios foi diminuindo, mas isso não estava previsto no Plano Nacional de Imunização pelo Ministério da Saúde. O Ministério da Saúde autorizou, no último dia 27 de julho, a vacinação para menores de idade. A Anvisa autorizou, em junho, o uso do imunizante Pfizer para esse público.
O secretário da Pessoa com Deficiência se manifestou favoravelmente à medida. “A situação demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública, a fim de evitar a disseminação da doença no Distrito Federal”, disse Flávio Santos, chefe da pasta.