O secretário da Pessoa com Deficiência do Distrito Federal, Flávio Santos, participou da atividade
A dança pode ser um elemento de inclusão para a pessoa com deficiência. E foi isso que a Mostra de Dança DiverCidades, realizada no último sábado (14) na Arena do Sudoeste, trouxe.
A iniciativa foi de Tatiana Assem Haidar, diretora da companhia de dança Pegada Black. Ela, que também participa do Movimento Luz, apresentou a proposta ao presidente do grupo, Petrônio Paixão, que apoiou o projeto, possibilitando a realização do evento.
Netha Fernandes, presidente do Movimento Luz – Inclusão Social, elogiou a atividade e destacou a importância da dança para a inclusão. “Representa igualdade. Sua capacidade não está sendo testada, está sendo mostrada”, garante.
Ao todo, aproximadamente 300 pessoas compareceram ao evento. O grupo do Movimento Luz era formado por sete componentes, sendo que cinco delas eram pessoas com deficiência com três cadeirantes entre eles. Uma das professoras que ensaia com o grupo é a dançarina Lu Lemos.
O grupo se reúne às terças e quintas, na parte da manhã, para ensaios. No restante do tempo, as integrantes se dedicam às demais atividades da instituição, que presta serviços à comunidade de Ceilândia desde 2018.
Sobre como é a sensação de estar no palco, Netha menciona a liberdade durante as apresentações. “É como se não existisse cadeira de rodas. A capacidade se torna real naquele momento e você se conhece. No momento que você está dançando, você se sente livre”, comenta.
Segundo a dirigente, a dança trabalha a “inclusão, deficiência e a capacidade de cada um”. “As deficiências não são iguais. Então, a professora trabalha o que eu posso fazer e cria a coreografia em cima da sua capacidade”, diz Netha.
O secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Santos, esteve no evento, onde parabenizou o grupo pelo trabalho. “A dança é um ambiente cujo acesso é muitas vezes negado à pessoa com deficiência. Alguns erroneamente acham que nós somos incapazes de dançar”, lembra.
O gestor diz apoiar iniciativas como a do Movimento Luz, que possibilitam a inclusão da pessoa com deficiência. “O trabalho do instituto prova que o lugar da pessoa com deficiência é onde ela quiser estar”, garante Flávio Santos.